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Brinquedos
Carrinhos - Parte 1

 

Esta matéria será dividida em 3 partes, começando pelos carrinhos Bate e Volta.

Aproveitando o tempo de férias, quem não se lembra de um brinquedo que fez muito sucesso nos anos 70 e entrou nos anos 80 ainda mais ''style''. Trata-se do Bate-Volta da Estrela. Eram miniaturas de carros que viraram moda naquela época (inesquecível, saudosa e apaixonante), vinha com os seguintes modelos, a saber:

Fusca Polícia (cor preta);
Fusca Pronto Socorro (cor branca);
Fusca Bombeiro (cor vermelha);
Corcel II Polícia Rodoviária Federal (cor amarela);
Fiat 147 Camping e
Fiat Bombeiro (cor vermelha).

Esses carrinhos possuíam sirene, pisca-pisca, além de serem equipados com um sistema giratório que permitia manobras aleatórias em um curto espaço de tempo. Fazendo com que o veículo andasse aleatoriamente e quando encontrasse algum obstáculo, o sistema giratório ''voltava'', como se tudo fosse controlado e funcionavam com 2 pilhas tamanho D... incluindo o manual de instruções. O difícil era escolher qual pilha comprar... Rayovac, Eveready, Duracell... e quando acabavam as pilhas?... ou você comprava umas novas ou aquele carregador pilhas... rs.

Em 1982, é lançado o Aquamóvel Bate-Volta (Bate e Volta) com bastante publicidade naquele momento, seu slogan era: "O Primeiro Carro Movido a Água".

Esse modelo era bem diferente dos que já tinham sido fabricados até então, porque vinha acompanhado de um ''galãozinho'' vermelho(alusão aos galões de verdade), que era utilizado para colocar água em dois orifícios no capô do carro, próximo ao pára brisa. Você colocava as pilhas, ligava e tinha que colocar água em um dos orifícios. A água que é um condutor elétrico, fazia com que o brinquedo se movimentasse. Na parte de baixo do carrinho, se localizava um ''tampão vermelho'', que ao ser aberto, drenava a água que havia sido utilizada anteriormente.

Por causa desse sucesso todo, ele continuou a ser fabricado por quase três anos, a produção foi encerrada no mês de abril de 1985, dando lugar ao Monza Bate-Volta. Este foi o último modelo da ''saga dos carrinhos Bate-Volta''. Seu lançamento foi em agosto 1984 (um ano antes do fim da primeira fase) e continuou sendo produzido até março de 1988.

Foi a primeira vez que a Estrela quebrava a sua tradição e colocava à venda, veículos populares de montadoras famosas, lançando-os no mercado como modelos Bate-Volta. Saindo um pouco da fantasia e entrando na realidade, o Chevrolet Monza era fabricado pela General Motors, ok?... mas o carro mais 'popular era o Chevette. Porém, ele havia sido incluído no pacote da Jamanta Comando Elétrico (um caminhão-cegonha que também era fabricado pela Estrela). O que ela fez?... aproveitou (já que o Chevrolet Monza, foi o carro mais vendido no Brasil) pegou essa ''carona'' e produziu simplesmente uma miniatura do ''carro do ano'', coincidindo no mesmo ano de lançamento do brinquedo. Uma idéia inteligente... e com muita esperteza (é claro!).

O modelo Hatch foi o exemplar escolhido, aliás foi o modelo inicial de lançamento para carro pela General Motors. Vendeu bem e explodiu em popularidade graças ao Programa do Bozo no SBT, porque era um prêmio sorteado com frequência, uma verdadeira ''febre'' entre a garotada nosanos 80. Os modelos vendidos foram praticamente as mesmas versões da primeira ''geração'', que na verdade começou a ser fabricada e produzida no final dos anos 70.

Foram comercializados e vendidos três modelos, todos com sirene e pisca-pisca, eram eles:

Modelo Polícia Rodoviária, na cor amarela.
Modelo Ambulância, na cor branca.
Modelo Bombeiro, na cor vermelha.

Acompanhados de um manual de instruções, sempre funcionando com 2 pilhas (também do tamanho D).

O interessante em escrever matéria, foi que me veio à lembrança que um primo meu teve esse carrinho (versão Fusca Bombeiro)... nossa... era muito lôco!.

E nesse encontro da fantasia de uma criança e a realidade de um adulto, lembrei desta frase que não poderia deixar de mencionar aqui: ''A diferença entre homens e meninos é o preço dos seus brinquedos''(Malcom Forbes).

Marco Paulo Vieira