Camisa de Vênus - Batalhões de Estranhos

Eu Não Matei Joana D' Arc
Casas Modernas
Lena
Ladrão de Banco
Gothan City
Noite e Dia
Crime Perfeito
Rostos e Aeroportos
Hoje
Cidade Fantasma
Batalhões de Estranhos

Eu Não Matei Joana D' Arc

Eu nunca tive nada com Joana D`Arc
Nós só nos encontramos pra passear no parque
Ela me falou dos seus dias de glória
E do que não está escrito lá nos livros de história
Que ficava excitada quando pegava na lança
E do beijo que deu na rainha da França
Agora todos pensam que fui eu que a cremei
Mas eu não sou piromaníaco, eu juro que não sei

Ontem eu nem a vi, sei que eu não tenho álibi
Mas eu, eu não matei Joana D`Arc

Eu nunca tive nada nada nada nada com Joana D`Arc
Nós só encontramos pra passear no parque
Ela me falou que andava ouvindo vozes
Que pra conseguir dormir sempre tomava algumas doses
Uma rede internacional iludiu aquela menina
Prometendo a todo custo transformá-la em heroína
Agora eu tou entregue à CIA e à KGB
Eles querem que eu confesse
Mas eu nem sei o que

Ontem eu nem a vi, sei que eu não tenho álibi
Mas eu, eu não matei Joana D`Arc

Casas Modernas

Essa é a minha casa, esse é o meu lar
Através do olho mágico alguém a buzinar
Da minha casa eu vejo o mundo
Vejo a cidade crescendo ao fundo

Imponente símbolo de decadência
Grande avanço da nossa ciência
Orgulho da nossa industria
Cicatrizes da nossa industria

Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna
Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna

O equilíbrio entre formas e cores
Demonstra uma perfeita simetria
Em minha casa eu tenho um quarto
Me tranco nele todos os dias

Maria Alice ela esta realizada
Comprou uma casa esterilizada
Lá não nasce planta, não nasce bicho
Não nasce gente, não nasce nada

Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna
Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna

Deus abençoe as casas modernas

Lena

Essa é a minha casa, esse é o meu lar
Através do olho mágico alguém a buzinar
Da minha casa eu vejo o mundo
Vejo a cidade crescendo ao fundo

Imponente símbolo de decadência
Grande avanço da nossa ciência
Orgulho da nossa industria
Cicatrizes da nossa industria

Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna
Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna

O equilíbrio entre formas e cores
Demonstra uma perfeita simetria
Em minha casa eu tenho um quarto
Me tranco nele todos os dias

Maria Alice ela esta realizada
Comprou uma casa esterilizada
Lá não nasce planta, não nasce bicho
Não nasce gente, não nasce nada

Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna
Vivemos em casas modernas, arquitetura segura e eterna

Deus abençoe as casas modernas

Ladrão de Banco

"Miguel era um ladrão de banco, ele andava injuriado
Sabia que o portão de ouro lhe havia sido fechado
Quando voltava para casa ele trazia o ódio no andar
E a revolta no seu peito e que o fazia respirar

Miguel era um ladrão de banco
Não bebia pra esquecer mas sim pra se lembrar
Que por trás de cada rosto há uma mentira pra contar
Miguel era um ladrão de banco, ele nasceu pra pular muro

Não acreditava em Deus, nem tampouco no futuro
Miguel era um ladrão de banco,
Um dia andando pela calcada viu um carro pagador
Sentiu o cheiro do cifrão e foi provar do seu sabor

Passe a grana seu otário que eu to falando sério
Se quiser dormir em casa e não lá no necrotério
Ele tentou atravessar a rua mas estava cercado
E com uma bala na barriga ele foi trancafiado

Miguel era um ladrão de banco, ele escolheu viver assim
Não era a primeira vez e não iria ser o fim
Sabia que ia fugir, como uma águia sai do ovo
Olhos abertos e garras prontas pra atacar de novo

Miguel era um ladrão de banco."

Gothan City

Aos 15 anos eu nasci em Gothan City
E era um céu alaranjado em Gothan City
Caçavam bruxas nos telhados em Gothan City
No dia da Independência Nacional

Refrão
Cuidado! há um morcego na porta principal
Cuidado! há um abismo na porta principal

Eu fiz um quarto bem vermelho aqui em Gothan City
Sobre os muros altos da tradição em Gothan City
No cinto de utilidades as verdades Deus ajuda
A quem cedo madruga em Gothan City.

Refrão.

No céu de Gothan City há um sinal
Sistema elétrico e nervoso contra o mal
Tem um sambinha, tem futebol e tem carnaval
Todos estão dormindo em Gothan City

Refrão.

Os mortos vivos perambulam aqui em Gothan City
Agora vivo o que eu vivo em Gothan City
Chegou a hora da verdade em Gothan City
E a saída é a porta principal

Noite e Dia

Ei, Nelson!
Lembra daquela promoção que você estava esperando?
Só para o ano...

Mas eu hei de ter muitas mulheres, o meu iate, o meu carrão
E vou querer tudo igualzinho como eles mostram na televisão
Eu compro um carro, uma casa, uma família, eu quero estabilidade
Mas taxas e juros e o que se vende no crediário desta cidade

Dia - oito horas trancado,
Noite - sem grana pra sair
Dia - o corpo todo quebrado,
Noite - acho melhor ir dormir

Viver sozinho nessa pocilga eu sei que é o maior perigo
Mas o meu bolso sempre vazio me mostra que eu não tenho amigo
Eu pego o expresso, eu pego o metro, fazendo a dança do sacolejo
E quando desço no fim de linha os home me dão bacolejo

Mandei fazer uma folhinha, ela só marca o dia primeiro
Assim eu tenho a impressão que ando sempre com dinheiro
Mas ao inferno com essa pobreza, vou me embriagar de vinho barato
O sistema e eu já nos acostumamos a brincar de gato e rato

Crime Perfeito

Sexta-feira a noite
Ele gasta a quinzena
Com uísque com garotas
Que nunca valem a pena
Procura pela claridade
O órfão da escuridão
Invadindo sinais vermelhos
Apanhado na contramão

Correndo por nossas vidas
Sem saber até onde
Correndo por nossas vidas
Ainda não fomos muito longe

De costas pra essa chuva
De frente pra parede
Lajes e roupas estão molhados
Mas o coração tem sede
Vive tentando matar o tempo
Pra ser um homem feliz
Achar que esse é o crime perfeito
Pois não se vê nem cicatriz

Correndo por nossas vidas
Sem saber até onde
Correndo por nossas vidas
Ainda não fomos muito longe

Sexta-feira a noite
Ele gasta a quinzena
Com uísque com garotas
Que nunca valem a pena
Procura pela claridade
O órfão da escuridão
Invadindo sinais vermelhos
Apanhado na contramão

De costas pra essa chuva
De frente pra parede
Lajes e roupas estão molhados
Mas o coração tem sede
Vive tentando matar o tempo
Pra ser um homem feliz
Achar que esse é o crime perfeito
Pois não se vê nem cicatriz

Correndo por nossas vidas
Sem saber até onde
Correndo por nossas vidas
Ainda não fomos muito longe

Rostos e Aeroportos

Vou vestir a minha sombra
Preciso me proteger
Eu sempre manejei bem as palavras
Mas agora não sei o que dizer

Sua voz tão calma e fria
Penetrou tão lentamente
Congelou o meu orgulho
Embaçou a minha mente

Vejo seu rosto nos aeroportos
Nas ruas, nos cinemas, nos jornais
Vejo seus olhos nos faróis de meu carro
A noite eles sempre brilham mais

Hoje

Ouvi noticias de muito longe batendo na minha porta
Eu vi os garfos, eu vi as facas em cima da mesa posta
Pra que mensagems e telegramas se voce chega e some
Tenho dinheiro e cpf mais nao me lembro o meu nome

Nao há mais festas nem carnaval
Acho que eu fui enganado
Me diga as horas, eu vou embora
Hoje eu tô atrasado

Prá que escolas e faculdades nao há nada pra aprender
Eu ja nao vejo, eu ja nao penso, ja nao consigo escrever
Sou faixa preta, toco guitarra, um dia vou pular de asa
Durmo de dia, trabalho à noite, nem sei se volto pra casa

Nao há mais festa, nem carnaval
Acho que eu fui enganado
me diga as horas, eu vou embora
Hoje eu tô atrasado

Olho pro trânsito, olho o sinal, tá tudo engarrafado
Videos cassetes, computadores, e outros codificados
Tem uma loira que tá afim, a ruiva diz que me ama
A nega quer, eu ja nem sei quem eu levo pra cama

Não há mais festas, nem carnaval
Acho que eu fui enganado
Me diga as horas, eu vou embora
Hoje eu tô atrasado

To abafado, me dá licençaa, vê se sai da minha frente
Tenho miopia, sou hipotenso, meu pé tá sempre dormente,
Amsterdan via Paris, acho que é nesse que eu vou
Mudei o corte do meu cabelo, já nem sei como eu sou

Não há mais festas, nem carnaval
Acho que eu fui enganado
me diga as horas, eu vou me embora
Hoje eu tô atrasado

Atrasadooooooooooooooooooooo 2x
To atrasado to atrasado atra atra atrasado

Cidade Fantasma

"Isto tá virando uma cidade fantasma

O vento assobia nas esquinas
Arrastando seu orgulho, apagando-lhe o nome
Pessoas passam fome

Guarde seu sapato vermelho
Hoje não vai ter show, alguém mudou de idéia
Violência na platéia

Isto tá virando uma cidade fantasma

E na calada da noite
Os parques estão cheios de bocas caladas
Casas estão fechadas

Um raio rasga o horizonte
Luzes de néon projetam sombras no muro
O céu esta escuro

Isto tá virando uma cidade fantasma"

Batalhões de Estranhos

Nua e crua para as pessoas da rua
Uma idéia sublime para a prevenção do crime
Observe e informe aos homens de uniforme
Chegam por via aérea, sentinelas de nossa miséria

Eles vem e vão com a forca de quem arrasa
Eles vem e vão mas nos ficamos em casa

Patrulham com intensidade os quatros cantos da cidade
Proíbem qualquer mudança, zelando pela segurança
Não de credito aos rumores, de que há ódio, temor e dores
Só empurre a porta e abra, entre nessa dança macabra

Eles vem e vão com a forca de quem arrasa
Eles vem e vão mas nos ficamos em casa


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